29 de março de 2011

Dias de lua, noites sem sol.


Dias seguidos se repetiam com a mesma agonia que encobria noite e dia. Sequências fálidas de uma espera sem fim. Ela o via e sentia algo que já não cabia em si. Era quase de explodir. Ela fingia uma primeira rejeição que logo era substituída por momentos de intensa entrega. Somente ele podia sentir o que de verdade havia nela, somente para ele, ela tinha coragem de se mostrar. E ele fechava os olhos, fechava os olhos, as vezes piscava, mas sempre de olhos fechados. Ela continuava a se entregar para quem não a sentia, para quem não a queria sentir, ou a menos não podia. E ela voltava todos os dias, eram dias de desespero e noite de espera, para os proximos dias que viriam a seguir. Era assim, sucessivamente. Dias de lua, noites sem sol.

Um comentário:

Ana L. disse...

Tão inspirador o que tu escreve e essas fotos. Muito mesmo! E gatan, encontrei os óculos numa lojinha virtual de uma blogueira chamada O Pato Veste. Lá tem, só não tem mais o branco... Tô esperando uma resposta dela pra saber quando vai chegar!

beeeeeijos