8 de dezembro de 2010

Sentir.


Nem o sol que faz evaporar toda a água do oceano queima quanto eu, nem todo o dilúvio jorrou tanto quanto eu, me sinto transbordar, me sinto sufocar, me sinto explodir. Te sinto com uma bomba atômica que me devasta e só sobram baratas. Me sinto como um copo da mais límpida água remexido por um furacão. Eu sou a água e sou o furacão. Você é a água, você é o furacão. Meu corpo é o copo, de vidro, que termina em cacos. Me sinto em ti, te sinto em mim. E cadê você que não esta aqui? Não quero o fim de nós, o fim de algo que não teve começo, o meu fim, o fim de mim que ainda queima por ti.

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