17 de novembro de 2010

Él.


Primeira carta para o Senhor Amor.
“Por favor senhor Amor, não me toma assim, desse jeito inconstante, não me venha com punhais pra acertar meu órgão vital, já não o controlo mais. O Senhor é o dono disso tudo, eu sei. Mas não me use como seu objeto de intervenção radical, não me faça refém de suas experiências carnais. Não me tome assim, novamente, eu te peço por favor Senhor Amor. Ou me tome, e me leve, mas sem pensar em me deixar, me leva pra onde não haja razão, para a escuridão e para o sol. Me leva para o temporal de teus sinais, onde salas vazias sejam tomadas pelo Senhor, onde toda a confusão do teu pensar fique claro ao me tomar em teus braços. Me toma, com toda essa enlouqüencia, que te faz ser o dono disso tudo. Me beija sem prazo para o fim, e que o começo tenha sido mês passado, naquele dia em que eu desaprendi a respirar.”

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